O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará subsede Xinguara, informou nesta quinta-feira (18), que é favorável ao retorno das aulas, somente após a pandemia da covid-19. “Neste momento não existe segurança para que venhamos enviar nossos filhos para as aulas presenciais”, explica Maria Reis, coordenadora da entidade no município.
O Pará possui 575 mil estudantes na rede pública – as aulas estão suspensas desde 18 de março como forma de prevenção à pandemia ocasionada pelo novo coronavírus.
A previsão é que as atividades sejam retomadas em agosto. Porém, para os membros do Ministério Público o retorno deve ocorrer de forma coerente, considerando o cenário da pandemia em cada município.
Ouvida pelo Jornal Manancial, a coordenadora sindical disse que nesse momento a volta as aulas no município é uma questão muito complexa, e que a orientação do sindicato é que todas as atividades da categoria só retornarão após a imunização. “Não basta as escolas estarem ofertando mascaras, álcool e gel. É preciso que todos os trabalhadores em educação estejam imunizados, assim como os alunos e seus familiares, porque criança e adolescente também pegam covid”, alertou.
Eu não me sentira segura, ainda que tivesse tomado a vacina, porque tem essa segunda cepa, então seria uma precipitação assegurar que teríamos aula presencial nesse primeiro momento sem antes ver os resultados do que possa vir acontecer, mesmo com a imunização, acrescentou.
'Não existe segurança para retorno", diz categoria
Recentemente a Secretaria Municipal de Educação-SEMED publicou vídeo convidando pais de alunos para fazer as matriculas dizendo que o período letivo teria inicia no próximo dia 8 de março.
Para o Sintepp essa noticia pegou todos de surpresa porque ninguém foi chamado para discutir o assunto, nem sindicato e nem a sociedade. Logo que assistir esse vídeo, nós procuramos o secretário de Educação [Genival Fernandes] de forma virtual e marcamos para essa sexta-feira (19), uma reunião presencial entre Sintepp e Semed, para discutirmos o assunto, afirmou Maria Reis.
Antes do inicio das atividades educacionais do ano, a categoria defende que seja necessário ouvir o Comitê Epidemiológico para saber a dimensão da doença, o Conselho Municipal de Educação, Sintepp e até mesmo os pais dos alunos.
“Sinceramente eu não tenho coragem de deixar meus filhos irem para as aulas presenciais, e nós orientamos aos trabalhadores em educação que não aceitem a proposta de retorno. Saúde é tudo e vida só se tem uma”, questiona a coordenadora.
“A posição do Sintepp Xinguara é de que não existe possibilidade de retorno às aulas enquanto durar a pandemia, visto que não existe segurança sanitária para um possível retorno”, destacou.